sábado, 23 de fevereiro de 2019

Policiais da Rone salvam bebê que se afogava no bairro Weisópolis em Pinhais



Policiais militares da Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone) estão preparados para quase todos os tipos de situações. Até mesmo para salvar tão delicadas vidas, como a da prematura Lívia, que completou 14 dias de vida neste sábado (23). A menina se engasgou com o leite materno e, por sorte, a família dela encontrou uma viatura da Rone no caminho para o hospital. Os minutos ganhos com o deslocamento de urgência, e o primeiro atendimento que os policiais deram antes de colocar mãe e filha na viatura, salvaram a vida da bebê, que poderia não ter sobrevivido, ou ter ficado com sequelas.
O socorro aconteceu na última terça-feira (19), no município de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. A aposentada Ivani Paraguaia, 55 anos, é a avó da criança. Ela conta que deram mamá para as meninas e as colocaram para dormir. “Então falei pra minha filha aproveitar para tomar um banho enquanto eu fazia o almoço”, contou a avó, que entre uma mexida e outra na panela, ia ao quarto olhar as meninas, Lívia e Lavínia. Ela tinha acabado de voltar do quarto quando ouviu um barulhinho. Voltou correndo e notou que a netinha tinha secreção de leite saindo pela boca e nariz e começava a ficar roxa. Ivani tirou a filha correndo do banho e telefonou para o marido, o mecânico Paulo Paraguai, 49 anos.
“Eu estava lá no bairro Palmital, no terminal de Pinhais. Eu vim correndo pro Weissópolis (onde a família mora) do jeito que deu. É ruim porque tem os sinais vermelhos, o povo não dá a vez. Demorei quatro minutos pra chegar”, conta o avô, que sentia que cada minuto parecia uma eternidade. Assim que a família entrou no carro, com as gêmeas, encontrou uma viatura da Rone na Rua Rio Amazonas, já a duas quadras de casa.

“Quando o motorista da viatura olhou pelo retrovisor, chamou atenção a atitude do condutor carro que vinha atrás, buzinando e dando sinal de luz. Quando emparelhamos o carro ao lado, o avô logo nos falou que a bebê estava afogada com leite”, contou o sargento J. Rodrigues, da Rone. Ele disse que chamaram o Siate, mas viram que a criança já estava muito roxinha e precisavam tomar alguma atitude de imediato. Então o soldado Monteiro pegou a criança no colo e tentou as primeiras manobras, de massagem torácica e massagem nas
Ela deu uma respirada, mas logo voltou a se afogar. Respirava e já trancava de novo. Optamos por não fazer outras manobras porque era uma criança muito pequena, tinha só 10 dias. Então colocamos na viatura e seguimos para a Maternidade Nossa Senhora da Luz, ali mesmo em Pinhais”, contou Monteiro. A viatura saiu com toda a prioridade de deslocamento. E a família acredita que esta pequena respirada que a menina deu talvez tenha sido o que salvou sua vida, pois oxigenou brevemente o organismo até chegar na maternidade e ser feita a aspiração do leite das vias aéreas.
Depois que os policiais já estavam na maternidade, aguardando notícias do atendimento da menina, souberam que Lívia tinha uma irmã gêmea, Lavínia, e que estava dentro do carro com os avós durante toda a correria, serenamente dormindo. “Olha, não esqueço o que o pai da menina nos falou depois, que graças a nós ele chegou em casa mais tarde e pode ver a filha”, emociona-se o soldado André, que ajudou o soldado Monteiro nas manobras emergenciais em Lívia. “Na hora a gente até que esquece um pouco a função de policial, porque o sentimento que vem é humano, de fazer o impossível pra ajudar uma vida”, disse Monteiro.
Equipe ficou bastante emocionada com o salvamento da pequena Lívia. Foto: Gerson Fonte:  tribuna do Paraná


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