terça-feira, 23 de outubro de 2018

“Era um piá trabalhador”, diziam moradores revoltados após morte de jovem em suposta troca de tiros com PMs



Uma equipe da Polícia Militar (PM) foi alvo questionamentos de moradores do bairro Cajuru, na noite desta segunda-feira (22), depois de um suposto confronto que acabou na morte de um jovem Ruan luiz Machado que, para os moradores, não tinha nenhum envolvimento com o crime e não teria trocado tiros com os policiais. O crime aconteceu logo após um rapaz ser morto a pedradas pelos próprios moradores, por ser suspeito de assédio.

O assassinato a pedradas aconteceu por volta das 20h30 e os policiais começaram a fazer buscas na região para encontrar os autores. A reportagem da Tribuna do Paraná apurou que logo depois, uma equipe da PM teria cruzado com algumas pessoas que estariam atirando na rua, na Rua Malba Gama Scremin, a 200 metros do local do homicídio e nisso teria acontecido o suposto confronto.

No tiroteio, um jovem que estava na rua acabou morto e a ação da PM revoltou os moradores, que diziam que ele não tinha nada a ver com o que estava acontecendo no momento do confronto. Segundo a polícia, dentro de uma casa, próximo onde houve o confronto, foram encontrados 17 quilos de maconha.

“Era um piá trabalhador, o que aconteceu é uma injustiça”, gritavam os moradores, que também xingaram os policiais e se revoltaram muito com o crime. Segundo a população, o rapaz morto estava a caminho de casa e trabalhava com o pai numa fábrica que faz petit-pavé, aquela famosa pedra de calçamento curitibano.

PM não falou no local
O corpo do rapaz foi recolhido ao Instituto Médico-Legal (IML). No local do confronto, a Polícia Militar, não se pronunciou sobre a situação e evitou passar qualquer informação. Nesta terça-feira (23), em contato com a assessoria de imprensa da corporação, a reportagem foi informada de que, com o rapaz morto, teria sido apreendido um revólver calibre 38. Como houve a suspeita levantada pelos moradores, caso ainda reste algum tipo de dúvida sobre a ação dos policias, os familiares, caso queiram, podem procurar a Corregedoria da PM para formalizar uma denúncia.

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