Sequestrador do irmão de Zezé Di Camargo e Luciano é um dos fugitivos da PEP
Ozélio de Oliveira é apontado como um dos responsáveis pelo crime contra Wellington Camargo em 1998





Apontado como um dos responsáveis pelo sequestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano, Ozélio de Oliveira está entre os 29 fugitivos da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP I). A lista dos presos que escaparam foi divulgada pelo Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) no fim da manhã desta terça-feira (11).

Polícia divulga fotos e nomes dos 29 presos que escaparam da PEP após explosão
Bandidos armados explodem muro do Presídio de Piraquara e 28 presos fogem
A fuga aconteceu durante a madrugada, quando bandidos explodiram o muro da prisão e trocaram tiros com policiais militares. Apesar da gravidade da situação, ninguém ficou ferido na ação criminosa, que teria sido orquestrada por membros de facções. Até o momento, nenhum fugitivo foi recapturado.




Ozélio de Oliveira cumpre pena de 108 anos de prisão pelos crimes de roubo, furto e homicídio. Indicado como um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Roraima, ele foi condenado pelo sequestro de Wellington.

O sequestro
O crime ocorreu em 16 de dezembro de 1998 na casa onde a vítima morava, em Goiânia. Na ocasião, o irmão dos cantores sertanejos foi levado da residência por quatro homens armados.

A vítima, que é cadeirante devido a uma poliomielite que teve quando criança, ficou em cativeiro por 94 dias e chegou a ter parte da orelha arrancada pelos sequestradores. No decorrer das negociações, os criminosos reduziram o valor pedido inicialmente no resgate, de US$ 5 milhões para US$ 300 mil. O dinheiro foi pago em 20 de março de 1999.

Todos os membros da quadrilha envolvida no sequestro de Wellignton acabaram presos. O homem que teria cortado a orelha da vítima, Osmar Martins, foi assassinado na Penitenciária da Papuda, em Brasília, em setembro de 2000.

Fugas
Ozélio já fugiu da prisão várias vezes. Em 2002, ele escapou de um presídio em Maceió, Alagoas, e, em 2006, do Presídio Estadual de Foz do Iguaçu. Em 2017, quase fugiu da PEP I em uma ação parecida com a ocorrida nesta terça-feira. Na ocasião, a fuga acabou frustrada porque ele torceu o pé e não conseguiu correr