terça-feira, 25 de setembro de 2018

Sindicato alerta que ‘chefões’ do PCC podem ser resgatados de presídio em Piraquara.



O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) acionou diversos órgãos na tarde desta terça-feira (25), dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para pedir que o Governo do Estado reforce a segurança no Complexo Penitenciário de Piraquara I (PEP) na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A nota divulgada à imprensa é uma “tentativa de alertar o governo”, já que, ainda conforme o sindicato, uma nova fuga pode acontecer nos próximos dias. Alguns presos de facções não conseguiram escapar na última ação.

No dia 11 de setembro 29 criminosos detidos na PEP I conseguiram fugir. Bandidos atearam fogo em carros e caminhões, que estavam nas proximidades do Complexo, e explodiram a muralha do local para resgatar os presos. O grupo disparou contra a unidade e por muito pouco não alvejaram agentes. Cinco homens foram recapturados e um agente de cadeia foi preso suspeito de facilitar e também fornecer informações para a fuga. O sequestrador do irmão de Zezé di Camargo é um dos presos que fugiram de Piraquara.

Resgate ‘incompleto’
“Naquela ocasião não conseguiram levar todos os presos que eles queriam, faltam 20, que são aqueles que também pagaram pela fuga, entre eles chefes do PCC no Paraná (facção criminosa Primeiro Comando da Capital, criada em São Paulo). Com isso, como eles não foram embora, houve informações de que haveria uma nova ação. Foi pedida a transferência destes presos para um presídio federal e o Poder Judiciário informou para o advogado dos presos e, por isso, eles querem fugir logo, antes de serem transferidos. Esta possível transferência fez com que eles passassem a ameaçar agentes de segurança pública. Eles querem fugir e provavelmente vão conseguir se a gente não conseguir apoio”, explicou o presidente Ricardo de Carvalho Miranda.

O presidente ainda revela que no último episódio, o sindicato informou aos órgãos, mas “nenhum apoio foi oferecido”. Atualmente 750 presos estão no local e metade deles faz parte de facções criminosas. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública, a Sesp mantém contato permanente com o Departamento Penitenciário (Depen), e qualquer necessidade haverá reforço no policiamento tanto da Polícia Civil quanto da polícia Militar.

Abaixo a relação de órgãos que estão sendo acionados pelo Sindarspen:
– Governo do Estado do Paraná
– Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária – SESP
– Secretaria Especial de Administração Penitenciária – SEPEN
– Comando Geral da Polícia Militar
– Centro de Operações Policiais Especiais – COPE
– Ordem dos Advogados do Brasil – Sessão Paraná
– Presidência do Tribunal de Justiça – TJPR
– 3a. Vara de Execuções de Penas de Réus ou Vítimas Femininas e Medidas de Segurança (Corregedoria dos Presídios)
– Ministério Público do Paraná – Procurador Geral
– Promotoria das Corregedorias dos Presídios
– Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado – GAECO
– Centro de Apoio das Promotorias – MP/CAOP
– Presidência da Assembleia Legislativa do Paraná – ALEP/PR
– Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Paraná
– Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Paraná

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