sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Assassinatos de presos em Pinhais levam medo a detentos da Lava Jato



"Autor confessou que matou o colega em uma cela da quarta galeria"

 Após discussão dentro de cela , um preso matou o colega no começo da tarde desta sexta-feira (31).

De acordo com o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), os dois cumpriam medida de segurança no CMP. O autor confessou que matou o colega em uma cela da quarta galeria.

A vítima foi identificada como Igor Felipe de Azevedo Guandelini, de 19 anos. Não foram encontradas marcas aparentes no corpo. Uma perícia foi realizada no local e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para que o exame de necropsia seja realizado.

Outras mortes:

Marcelo Munhoz enrolou um lençol como uma corda e envolveu o pescoço de Jean Rodrigues Ferreira, de 22 anos. Sufocou o colega até ele cair morto ocorreu na cela 403 da quarta galeria do Complexo Médico Penal, em Pinhais.

 Julio Cesar de Moura Funck, 19 anos, foi morto no início da madrugada (3/05), por volta da 0h30.

Thiago Anderson Batista Ramos foi encontrado morto por volta das 8h no dia (10/08).

João Carlos Cassiano Coelho, de 26 anos, estava sozinho na cela com o homem, quando houve um desentendimento e Coelho foi assassinado.(14/06)

Os presos da Lava Jato tiveram conhecimento sobre as mortes e estão apreensivos, segundo pessoas que têm contato com eles. O Depen (Departamento Penitenciário) do Paraná garante que não há riscos para os condenados pelo juiz federal Sergio Moro. "Não há contato entre presos de galerias distintas", diz nota do departamento.

PROBLEMAS

Com cerca de 700 presos, o CMP não tem problemas sérios de superlotação, uma vez que a capacidade é para 659 detentos. Mas há presos em situação irregular. Ferreira, o morto por sufocamento, estava preso no interior paranaense, em São João do Ivaí, e veio para o CMP porque sua condenação previa medida de segurança, uma modalidade de reclusão para pessoas com problemas mentais que necessitam de tratamento psiquiátricos. Ele não deveria estar em contato com presos comuns. No CMP, deveria estar na galeria 1 ou 2, onde ficam presos na sua situação.

As mortes  também repercutiram entre agentes penitenciários, que relataram em grupos de aplicativos de mensagens que estaria aumentando a insegurança dentro do Complexo Médico Penal.

OUTRO LADO O Depen (Departamento Penitenciário) do governo do Paraná disse, em nota, que "a motivação das mortes está sendo apurada por inquéritos policiais, junto à Polícia Civil, assim como, procedimentos administrativos junto à corregedoria.

comentário(s) pelo facebook:

0 Deixe seu comentário:

Postar um comentário