sexta-feira, 9 de maio de 2025

MPPR pede cassação do prefeito de Curitiba por abuso de poder político



O Ministério Público do Paraná (MPPR) pediu a cassação do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), e do vice-prefeito, Paulo Martins (PL), por abuso de poder político e de autoridade na eleição do ano passado. A ação inclui ainda a solicitação de inelegibilidade para o gestor municipal, além de outros envolvidos. A denúncia do MPPR sustenta que houve uso da máquina pública para favorecer a candidatura de Pimentel. O ex-superintendente de Tecnologia da Informação da Prefeitura, Antônio Carlos Pires Rebello, é apontado como responsável por coagir servidores a colaborar financeiramente com a campanha, comprando convites para um jantar de arrecadação do PSD. Anúncio Viaje Paraná O evento ocorreu em 3 de setembro de 2024, com ingressos ao valor de R$ 3 mil cada, e os servidores teriam sido orientados a fazer os pagamentos em nome de terceiros, dificultando a fiscalização. O MPPR afirma que há áudios comprovando ameaças de exoneração contra servidores que se recusassem a participar do esquema. O prefeito Eduardo Pimentel é apontado como beneficiário direto do esquema, enquanto o ex-prefeito Rafael Greca (PSD), então à frente da Prefeitura, teria dado suporte político à operação. Greca é citado como mentor da candidatura de Pimentel e é um dos alvos da ação. A promotora eleitoral Cynthia Maria de Almeida Pierri destacou que a rápida exoneração de Antônio Rebello, logo após o escândalo, reforça a veracidade das acusações. Para ela, essa decisão da gestão municipal foi uma “admissão tácita” da irregularidade. O MPPR solicita que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) reconheça: O abuso de poder político e de autoridade na campanha de 2024. A inelegibilidade dos envolvidos por oito anos, incluindo Eduardo Pimentel, Antônio Rebello e Rafael Greca. A cassação do mandato de Eduardo Pimentel e Paulo Martins. Se o pedido for aceito, Curitiba poderá ter uma nova eleição para prefeito. Eduardo Pimentel, por sua vez, repudiou qualquer ação que possa ser interpretada como ameaça a servidores e afirmou que a campanha utilizou apenas recursos legais, como o Fundo Eleitoral. Ele também declarou estar confiante no arquivamento do caso. Rafael Greca, por sua vez, ainda não se manifestou publicamente sobre o pedido de cassação. Blog do Esmael

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