Mesmo com a reestruturação das Unidades de Saúde de Curitiba, anunciada ontem por conta da alta nos casos de pessoas com sintomas respiratórios, o sistema de saúde da capital paranaense apresenta gargalos no atendimento à população. Nesta terça-feira (4 de janeiro), por exemplo, pacientes que aguardavam por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Sítio Cercado enfrentavam até cinco horas de espera para serem consultadas - situação confirmada por três pessoas que estavam no local. Outra UPA visitada pela reportagem, a do Pinheirinho, também estava lotada na parte de dentro e com fila de pessoas aguardando atendimento do lado de fora. Mesma situação da Unidade de Saúde Sagrado Coração e na Aurora, onde pessoas aguardavam sentadas, do lado de fora da unidade, chegar a sua vez para serem atendidas. Já na Unidade de Saúde Guaíra, a movimentação era intensa na parte interna do estabelecimento, mas não haviam pessoas do lado de fora, esperando.No final da tarde de ontem, o sistema público de saúde do município foi reestruturado temporariamente, com 12 unidades de saúde (confira a lista completa abaixo) sendo convertidas em pontos de atendimento de casos suspeitos e com sintomas leves de gripe e Covid-19 - entre elas a Sagrado Coração, a Aurora e a Guaíra. As demais UPAs, como as outras duas citadas acima, seguem fazendo o atendimento geral da população. Além das UPAs, hospitais também estão tendo de lidar com uma demanda crescente. O Hospital Nossa Senhora das Graças, por exemplo, informou que vem percebendo, desde o Natal, um aumento na demanda de pacientes com síndrome gripal. Por ora, os casos de Covid não são numerosos e se concentram entre pessoas não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto. Por outro lado, há vários casos de influenza A.
A situação é igual no Hospital Marcelino Champagnat, que relatou ter registrado aumento ao longo nos últimos dias na procura por Pronto-Atendimento para sintomas respiratórios leves, como tosse, dor de garganta e congestão nasal.
"O crescimento da demanda pode estar relacionado ao relaxamento das medidas preventivas durante as festas de fim de ano. O avanço da vacinação contra o novo coronavírus tem ajudado na queda do número de mortes e casos graves causados pela Covid-19 e outras síndromes respiratórias, mas ainda é preciso manter cuidados básicos: distanciamento social, uso de máscaras e higienização constante das mãos", alertou o Marcelino Champagnat por meio de nota.
Considerando os dados gerais do estado, desde o dia 25 de dezembro a média móvel de casos novos da doença pandêmica vem crescendo consecutivamente no Paraná, tendo saltado de 138 diagnósticos diários em 25/12 para 474 no último domingo (variação de +243,5%). Curitiba acompanha esse movimento e, no mesmo intervalo de tempo, viu a média móvel de casos novos saltar de 40 para 158 (+295%).
Além do coronavírus, porém, outros agentes infecciosos também têm circulado mais, com especial destaque ao H3N2, novo vírus influenza responsável pelos surtos de gripe que já afeta diversas regiões do Brasil.
Bem Paraná
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