O delegado de Piraquara, Paulo Caldas, garantiu que todos os envolvidos deverão ser responsabilizados. “Vamos ouvi-lo na segunda-feira sobre de que forma aconteceu essa divulgação de live e remetido à justiça pública para as providências. Ela foi notificada e está proibida de divulgar qualquer anúncio milagroso de cura ou administrar qualquer remédio para esse tipo de doença que é o coronavírus”, disse à Banda B, na manhã desta sexta-feira (15).
Depois da repercussão negativa que a transmissão ao vivo teve diante dos expectadores, a live foi excluída pelo responsável. Mesmo assim, o material já havia sido identificado e enviado à análise tanto policial quanto por parte do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná.
Para a Banda B, o vice-presidente do CRM, Wilmar Mendonça Guimarães, afirmou que é assustador pessoas divulgarem este tipo de falso tratamento. “Existe previsão no Código Penal de que pessoas que exercem curandeirismo podem ser presas. A senhora deste vídeo, dá para se ver que tem limitações culturais, mas ela dá o endereço e propõem tratamentos, como se recebesse uma cura de Deus, o que pode causar um grande dano”, ressaltou.
Anjo
O delegado confirmou a versão já apresentada pela Polícia Civil em que a moradora de Piraquara alega ter sido ‘usada por um anjo’. “Ela é evangélica e alega ter visto um anjo, por volta das 3 horas da madrugada, chamado Rafael e que ele estava trazendo uma fórmula, com base em água sanitária, oxigenada e vinagre e que isso seria a cura para o coronavírus. Depois disso, ela resolveu participar dessa live e divulgar”, contou.
A ‘terapeuta e naturalista’, como se identifica a investigada, foi proibida de veicular a receita, já que todo medicamente precisa ter registro oficial na Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
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