terça-feira, 21 de maio de 2019

MP-PR denuncia sete suspeitos de envolvimento em esquema para furar a fila do SUS em campo largo



Sete investigados na Operação Mustela, que mira um suposto esquema de propina entre médicos e empresários para furar a fila do Sistema Único de Sáude (SUS), foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por concussão, que é quando a pessoa usa o cargo público para exigir vantagem indevida.

De acordo com os promotores, há provas que indicam que "dezenas de pessoas, dentre elas agentes públicos, estavam envolvidas na sistemática inserção de pacientes em filas de prioridade do SUS, em detrimento dos pacientes que estão aguardando regularmente por procedimentos médicos, mediante o pagamento de vantagens financeiras indevidas".

A denúncia foi oferecida na terça-feira (14), mas foi publicada no sistema da Justiça nesta segunda-feira (20). Até a publicação da reportagem, não havia decisão da Justiça sobre o documento.

Entre os denunciados estão Lourival Aparecido Pavão, que é ex-assessor do governador Ratinho Junior (PSD) e o médico Volnei José Guareschi.

A Vara Criminal de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, determinou o afastamento das atividades de Volnei. Ele atuou no Hospital São Lucas, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com as investigações, o médico atendeu seis vítimas e cobrou valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3,2 mil para o agendamento e realização dos procedimentos médicos de pessoas que necessitavam via SUS.

O MP afirmou ainda que o esquema criminoso começou a ser investigado em 2017 a partir de depoimentos de vítimas e informações obtidas por meio de quebras de sigilos telefônicos.

Os promotores também argumentaram que a denúncia representa apenas uma pequena parcela dos crimes praticados por alguns dos envolvidos.

"Outros fatos e seus respectivos autores serão oportunamente denunciados, em processos apartados, devido à grande quantidade de envolvidos, de crimes praticados e informações colhidas ao longo das investigações".

A Operação Mustela foi deflagrada em dezembro do ano passado. O nome "Mustela" é uma alusão ao gênero de mamíferos que inclui animais conhecidos como furões.

O Hospital São Lucas disse que só os advogados da instituição poderão se manifestar sobre o assunto, mas não indicou quem são.

O G1 l Paraná.

comentário(s) pelo facebook:

0 Deixe seu comentário:

Postar um comentário