“É preocupante. Vejo com preocupação, pois radicalizou demais as posições de direita e esquerda. Não vejo que vai começar bem, independente do resultado das eleições”, disse Luizão à Tribuna do Paraná.
A boa votação alcançada neste domingo (7) é mais uma no histórico político de Luizão. Nascido em Jandaia do Sul, interior do estado, se mudou para Piraquara quando tinha apenas 15 anos. Depois de ter sido mecânico, caminhoneiro e seminarista, cursou filosofia na UFPR e virou professor. Foi eleito pela primeira vez vereador em 1996
Cresceu rapidamente na política e depois de um mandato como prefeito de Pinhais, alcançou uma votação recorde em 2012 com 93,7% dos votos, sendo o mais bem votado do Brasil. Ao deixar a administração para sua sucessora, Marli Paulino, tinha aprovação de 94%.
“Atribuo o resultado deste domingo ao bom histórico que tive como prefeito em Pinhais. 70% dos votos a deputado de Pinhais foram para nós, assim como 50% em Piraquara e bons números em Colombo e Curitiba. É fruto da credibilidade que conquistamos e da vontade das pessoas em mudança, em coisas diferentes”, disse.

Luizão admite não ter ideia do que via encontrar em Brasília, mas acredita que seu perfil conciliador pode fazer a diferença. “Tô vendo ainda quem foi eleito, como foi a renovação, para saber que ambiente vamos encontrar”. “Sempre fui da conversa, do diálogo. Tive coligações grandes ao meu lado e administrei todas elas. Espero levar isso para Brasília”. Luizão se elegeu prefeito a primeira vez numa coligação de 14 partidas e na reeleição com 21 legendas diferentes.
Um dos desafios vislumbrados por Luizão é oferecer mudanças para a educação, no momento em que ela virou artigo de luxo nas discussões sobre política. “Estou vendo manifestações de violência em todos os lados. Violência verbal. Eu, como professor, acredito na educação e temos que priorizá-la no momento. Radicalismo não é o que a população espera”.
Mas não é mesmo? Questionamos o prefeito sobre o cenário atual, com radicais de direita apoiando Jair Bolsonaro (PSL) e radicais de esquerda ao lado de Fernando Haddad (PT). Segundo ele, os votos recebidos por Bolsonaro, por exemplo, não foram todos para validar seu discurso, mas sim por rejeição ao que representava seu principal oposicionista.
“Eu não acredito que todos esses votos tenham sido manifestações de direita. Tem um forte componente religioso também. As posições que vimos eram mais contra um lado do que a favor do outro. Não significa posições diretas de direita ou esquerda”, contou. Para ele, uma desesperança muito grande se abateu sobre a população, especialmente após a saída de Dilma e o governo de Michel Temer.
“A população não está nem analisando os conteúdos, as propostas. Está votando contra o que está aí. O segundo turno espero que tenhamos bons debates”, disse, esperançoso.
Experiência
- Segundo Luizão, os problemas do país são semelhantes em qualquer cidade. “Administrei uma cidade por 8 anos e encontrei problemas que são encontrados em vários locais do país. Pude ver e tentar resolver problemas em diversas áreas, como as políticas sociais, educação, saúde, meio ambiente, assistência social”, disse, reforçando seu desejo de legislar nessas áreas fonte: tribuna do Paraná.
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