terça-feira, 10 de abril de 2018

Mãe de rapaz baleado por PM em Piraquara é proibida de visitar filho no hospital




A família de T. J. B., de 16 anos, que permanece internado em estado grave no Hospital Cajuru, em Curitiba. Abalada, a mãe do jovem, Liamara Carneiro, 35, revelou que está sendo proibida de visitar o filho por conta da acusação de tentativa de assalto que recai sobre ele.

“Desde que ele deu entrada no hospital, uma escolta da PM nos proíbe de visitá-lo. Ele foi atingido em diversas partes do corpo e está na UTI. É desesperador ficar do lado de fora sem poder ficar perto do meu filho”, disse.

Segundo Liamara, o rapaz é membro da Guarda Mirim do Paraná. O rapaz, de acordo com ela, nunca se envolveu com o crime nem andava na companhia de criminosos.

“Ele sempre foi bom menino. Pedia permissão para sair de casa e sempre avisava onde e com quem ia sair. Não faz sentido algum a PM ter feito o que fez alegando achar que ele estava armado. Isso não tem explicação”, desabafou. Ainda segundo Liamara, os próprios policiais que atenderam a ocorrência, na noite de sábado (07), afirmaram que os disparos teriam acontecido por engano.

A família pretende recorrer à justiça na busca de uma liminar que lhes permita visitar o jovem no Hospital Cajuru.

Entenda o caso
O jovem e mais um rapaz foram baleados em um restaurante em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, na noite do último sábado (07). Segundo a versão dos policiais, um dos jovens teria dado voz de assalto e parecia estar armado. Com isso, um dos soldados atirou várias vezes contra o adolescente.

Depois do ocorrido, os policiais entregaram as armas para perícia da corporação. Nenhuma arma foi encontrada junto com menor ferido com maior gravidade.

Polícia Militar (PM), que só se posicionou no começo da tarde. Segundo a corporação, um procedimento interno deve ser aberto para apurar o caso

Veja a nota da PM:

A Polícia Militar do Paraná informa que sobre o caso ocorrido em Piraquara em 07/04/18, envolvendo dois adolescentes, um procedimento foi aberto e o oficial encarregado vai apurar com imparcialidade e rigor todos os fatos, independente de qualquer outra investigação paralela. A corporação não compactua com desvios de conduta de seus integrantes e caso haja comprovações, para qualquer situação, os envolvidos serão responsabilizados.

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