quinta-feira, 22 de março de 2018

Justiça determina que criança abandonada em rua de Curitiba seja afastada da mãe; defesa questiona




A Justiça do Paraná determinou que a menina de cinco anos abandonada em uma rua no bairro Novo Mundo, em Curitiba, seja afastada da mãe. A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (22).

O caso, que foi filmado e viralizou nas redes sociais, aconteceu no dia 31 de janeiro, quando a mãe tirou a filha do carro e acelerou, andando alguns metros na via até pegá-la de volta. Após investigação, a mulher foi indiciada pelos crimes de tortura-castigo e ameaça, por ter tentado intimidar uma testemunha, segundo a Polícia Civil.

Quase dois meses depois da ocorrência, a menina continua sob a tutela da mãe, já que o pai resolveu não disputar a guarda. “Ele, na verdade, só ficou com a criança por cerca de 15 dias após o caso, como uma condição temporária, porque a mãe não tinha equilíbrio emocional para cuidar da menina. Mas agora as duas estão juntas, como era antes”, disse o advogado de defesa da mulher, Igor José

O afastamento da criança determinada pela Justiça, ele afirmou que deve pedir a reavaliação do juiz sobre o caso. “Nós acreditamos que a decisão, que veio a público agora, é incompleta, já que não diz para onde a criança vai. Cremos que atravessando uma petição nossa e justificando os novos fatos, o juiz vá reconsiderar o pleito e determinar que a criança fique com a parte com a qual ela tem mais afinidade, que é a mãe”, completou o advogado.

De acordo com ele, a cliente ainda não foi intimidada sobre a decisão judicial. A maior preocupação agora é com o bem-estar da criança, que ainda não tem com quem ficar caso a resolução se cumpra. “O juiz não determinou para onde a menina vai, pelo que soubemos por meio de informações divulgadas pela imprensa. O pai provavelmente não tem condições de permanecer com ela, devido às demandas do trabalho. Por enquanto, o destino da criança é uma incógnita”.

Estado da mãe

Segundo Ogar, a indiciada está sendo atendida por psicólogos e, por isso, apresentou uma melhora significativa no quadro de saúde desde o dia em que tudo aconteceu. “Ela está se tratando justamente para ser uma pessoa, uma mãe melhor. Eu tenho certeza que será prejudicial para a criança ser afastada desse jeito, porque ela vai sofrer mais uma vez. A pessoa com quem a menina tem o maior laço afetivo é a mãe”, finalizou.

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